Os meus "4 FANTÁSTICOS"

Olá amigos!

As minhas mil desculpas por não ter escrito por muito tempo… Mas como se sabe, não têm sido tempos muito fáceis…
Mas voltei… e não para falar de mim, mas sim de quatro “grandes senhores” da nossa querida modalidade! Para mim são a "geração de Ouro" do badminton português.

Muitos são requisitos necessários para se ser um campeão… Podia falar de técnica, de esforço, de táctica, de trabalho físico, de humildade… Enfim, uma lista interminável… Mas não… Vou-me ficar por uma coisa mais geral, que pode englobar tudo e ao mesmo tempo pode ser muito específica. Esta frase, que vou partilhar convosco, ilustra muito bem: “Um jogador é feito de apenas 1% de talento e 99% de trabalho!”. Foi um deles que me falou desta frase, um sábio do nosso badminton, e o meu maior exemplo de trabalho árduo!

Eles são, obviamente: Ricardo Fernandes, Fernando Silva, Marco Vasconcelos e Hugo Rodrigues.
Apesar de um pouco mais novo que os outros, incluo o Hugo neste lote de elite por ter a mesma fibra dos outros. Provavelmente o melhor jogador de pares de sempre em Portugal, o único destes quatro a quem os Jogos passou ao lado, segundo consta, por muito pouco. Mas, num país onde o singular é a prova rainha, e onde não se treina pares, é de muito valor comprovar o nível que atingiu e ainda hoje o demonstra, única e exclusivamente devido ao seu trabalho árduo!
O Marco brilhantemente é olímpico pela terceira vez, sem dúvida conseguido com o seu trabalho árduo! É um grande exemplo no que toca à gestão da carreira desportiva!
Quanto ao Fernando, quem o viu jogar este fim-de-semana nas Caldas da Rainha sabe muito bem do que eu estou a falar quando afirmo que milhares de horas de pavilhão, ginásio, escadas e corrida estão naquelas pernas. Deu uma lição de badminton. E, ora aqui está novamente: trabalho árduo!
Finalmente o Ricardo! Sei que sou suspeita quando falo dele… Afinal de contas é o meu treinador, e sem a sua ajuda não estaria qualificada para os Jogos Olímpicos. Mas quero concentrar-me nele apenas como atleta. Ainda antes de ser treinada por ele, lembro-me de ir para o pavilhão de São João no Funchal (que já não existe) muito antes da hora do meu treino só para vê-lo treinar. Lembro-me de ficar impressionada com a sua concentração no volante, com a sua capacidade de passar uma sequência de 3 minutos (ou 5, ou 10…) a um grande ritmo sem deixar o volante cair ao chão. Mesmo cansado fazia mais um afundo, e mais outro, ia à volta da cabeça, outra vez mais um afundo… Ficava de rastos só de o ver! E depois de 2 horas de este treino intenso ainda ia ao ginásio ou correr… Eu ficava de boca aberta… Como era possível? Pensava para mim se algum dia seria capaz de fazer aquilo… E o que se chama isto? Repito-me, é a capacidade espantosa destes “4 Fantásticos”: trabalho árduo!

E atenção que vêm aí mais quatro, pelos vistos para ficar por muito tempo: Alexandre Paixão, José Pedro Sousa, Pedro Martins e Miguel Jardim. Faço o voto para que sigam as pegadas dos “senhores” mencionados atrás e que sejam tão bons ou, de preferência, melhores que eles.

Até sempre!